segunda-feira, 6 de maio de 2024

Nunca esmoreças

Nunca esmoreças

Maria Dolores



Nunca esmoreças.
Trabalho aprimora o mundo todo,
Muita flor nasce do lodo
Muito amparo vem da dor...

Serve, ensina e reconforta
Na fé viva que te alcança,
Entre as luzes da esperança
Começa o reino do amor.
Maria Dolores por Chico Xavier do livro:
Agenda de Luz

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- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610 /98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.
- Dúvidas e contatos enviar e-mail para: regeneracaodobem@gmail.com 

 


domingo, 5 de maio de 2024

Na Via Pública

Na Via Pública

André Luiz



A rua é um departamento importante da escola do mundo, onde cada criatura pode ensinar e aprender.

Encontrando amigos ou simples conhecidos, tome a iniciativa da saudação, usando cordialidade e carinho sem excesso.

Caminhe em seu passo natural dentro da movimentação que se faça precisa, como se deve igualmente viver: sem atropelar os outros.

Se você está num coletivo, acomode-se de maneira a não incomodar os vizinhos.

Se você está de carro, por mais inquietação ou mais pressa, atenda às leis do trânsito e aos princípios do respeito ao próximo, imunizando-se contra males suscetíveis de lhe amargurarem por longo tempo.

Recebendo as saudações de alguém, responda com espontaneidade e cortesia.

Não detenha companheiros na vida pública, absorvendo-lhes tempo e atenção com assuntos adiáveis para momento oportuno.

Ante a abordagem dessa ou daquela pessoa, pratique a bondade e a gentileza, conquanto a pressa, frequentemente, esteja em suas cogitações.

Em meio às maiores exigências de serviço, é possível falar com serenidade e compreensão, ainda mesmo por um simples minuto.

Rogando um favor, faça isso de modo digno, evitando assobios, brincadeiras de mau gosto ou frases desrespeitosas, na certeza de que os outros estimam ser tratados com o acatamento que reclamamos para nós.

Você não precisa dedicar-se à conversação inconveniente, mas se alguém desenvolve assunto indesejável é possível escutar com tolerância e bondade, sem ferir o interlocutor.

Pessoa alguma, em sã consciência, tem a obrigação de compartilhar perturbações ou conflitos de rua.

Perante alguém que surja enfermo ou acidentado, coloquemo-nos, em pensamento, no lugar difícil desse alguém e providenciemos o socorro possível.

André Luiz por Chico Xavier do livro:
Sinal Verde

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sábado, 4 de maio de 2024

Deus Atende?

Deus Atende?

Richard Simonetti




Lucas, 11:5-13 e 18:1-8

O hóspede chegou inesperadamente, por volta de meia-noite.

Como não havia pão para preparar-lhe um lanche, nem mercado vinte e quatro horas, o dono da casa procurou um amigo que morava nas vizinhanças.

Bateu à porta.

- Quem é?

- Sou eu. Venho pedir-lhe três pães emprestados. Estou com um visitante e nada tenho para lhe oferecer.

Meio complicado, alguém de nosso círculo de amizade procurar-nos, altas horas, a pedir pão.

Do lado de dentro, o morador reagiu:

- Ora, isso são horas para incomodar-me?! Já recolhi com meus filhos.

Nosso herói não era homem de desistir facilmente. E reiterava, batendo à porta:

- Por favor, não me falte! Preciso desses pães!

E tanto insistiu que o solicitado resolveu atender o solicitante para ver-se livre dele.

Levantou-se e lhe deu quantos pães pedia.

Este curioso episódio poderia fazer parte de uma antologia da inconveniência, dos mala sem alça, pessoas de desconfiômetro desligado. Não percebem que são inoportunos.

Pedir pão emprestado, à meia noite!...

Na verdade, trata-se de uma parábola contada por Jesus, num contexto em que ele se refere à oração.

Parece estranho.

Então, Deus é como um dono de padaria, não muito disposto a nos dar os pães que atendam às nossas necessidades, mas pode mudar de ideia se insistirmos?! 

Obviamente, não!

O Mestre usava com frequência a hipérbole. Trata-se de uma imagem exagerada sobre determinada ideia, para chamar a atenção e fixá-la.
• Esperei uma eternidade...
• Morri de medo...
• Sofri como um condenado...
• Derramei lágrimas de sangue...
• Comi o pão que o diabo amassou...
Jesus quer destacar que devemos orar com convicção e persistência, conscientes de que Deus, que não é um simples padeiro, nem tem as limitações humanas, certamente acolherá nossa oração, em qualquer circunstância, em qualquer hora.

E sempre nos atenderá!

***

A parábola é pouco conhecida.

Famosa é a conclusão de Jesus:
- Por isso vos digo:
Pedi, e dar-se-vos-á?
Buscai, e achareis.
Batei, e abrir-se-á. Pois qualquer que pede, recebe.
Quem busca, acha.
E a quem bate, abrir-se-lhe-á.
Qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?
Ou se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente?
Ou, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião?
Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial àqueles que pedirem?
Muito mais que um padeiro, Pai de imenso amor e misericórdia, Deus sempre nos ouvirá e atenderá com o melhor, quando o procurarmos.

Jesus fala em bater, pedir e buscar.

Todos os que oram estão batendo – querem contato com Deus.

E sempre pedem algo.

Raros, porém, empenham-se em buscar objeto da oração, conscientes dos caminhos que devem trilhar para concretização de seus anseios.

Em O Evangelho segundo o Espiritismo, capitulo 27, Kardec apresenta claro exemplo.

Um homem perdido no deserto e torturado pela sede implora ajuda ao Céu.

Nenhum Espirito lhe trará água.

No entanto, se estiver disposto a caminhar, enfrentando a sede e o calor inclemente, receberá inspiração quanto ao rumo que deverá tomar para encontrar água.

O desempregado que ora ardentemente poderá esperar uma eternidade, sem que o emprego lhe bata à porta. Mas se sair a campo, os bons Espíritos o ajudarão a encontrar lugar no mercado de trabalho.

Importante bater, estabelecer contato.
Razoável pedir, definir necessidades.
Imperioso buscar, cultivar iniciativa.
Então o Céu nos ajudará!

***

Dois amigos conversam:

- Você acha que Deus conhece os nossos mais secretos pensamentos? Lê nossa alma como um livro aberto?

- Claro. Um dos atributos de Deus é a onisciência.

- Bem, se Deus tudo sabe, conhece melhor que nós mesmos nossas necessidades. Para que, portanto, orar?

Dúvida ponderável.

Ocorre que não oramos para trazer Deus até nós ou clamar por Sua atenção. O Todo-Poderoso está presente em tudo e em todos.

O objetivo é nos colocar em contato com Ele, preparando o coração para assimilar Suas bênçãos.

Um homem pode morrer de sede dentro de uma piscina, se não abrir a boca para beber a água.

Da mesma forma, embora mergulhados nas bênçãos divinas, é preciso abrir a boca, espiritualmente, para que possamos sorvê-las.

***

Jesus diz que Deus atende às nossas orações.

Nem sempre acontece.

A jovem pede um príncipe encantado, e tudo o que consegue é encantar-se com a sobrinhada.

O doente pede a cura, e quem o atende é uma senhora mal encarada, empunhando ameaçadora foice.

Demonstrando que não há contradição, Jesus apresenta outra parábola.

Em certa cidade, havia um juiz de mau caráter, homem iníquo, que não temia a Deus nem respeitava os homens.

Relapso, deixava acumularem-se pilhas de processos.

Uma viúva o procurava com insistência, para resolver uma pendência com alguém. E lhe pedia:

Defende-me do meu adversário.

O juiz não lhe dava atenção.
O tempo ia passando... A viúva a insistir:

Defende-me do meu adversário.

Ele começou a ficar preocupado. Conjeturava:

- Se bem que eu não tema a Deus, nem respeite os homens; todavia, porque esta viúva me importuna, far-lhe-ei justiça, para que ela não venha a molestar-me.

Alguns exegetas consideram que molestar pode ser traduzido por ― "acertar o olho" ou ― "dar um soco no olho". A tradução, então, seria, ― "vou atendê-la para que não me acerte o olho".

Jesus teria feito humor em tomo do assunto. Numa sociedade machista como a judaica, há de ter sido hilário que aquele juiz severo, que não temia a Deus nem respeitava os homens, cedesse por medo de uma mulher.

Jesus conclui a parábola, dizendo:

Atentai ao que disse este juiz injusto e indigno.

Não fará justiça Deus aos seus escoltados, que a Ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em socorrê-lo.

Digo-vos que bem depressa lhes fará justiça.

Assim como na primeira parábola, Jesus enfatiza que Deus atende aqueles que o procuram.

Pode parecer estranho comparar Deus, o Onipotente, Supremo Juiz, com um juiz relapso e insignificante, não habituado a cumprir seus deveres.

Mas é simples entender.

Jesus usa aqui a técnica expressa num aforismo latino: a minori ad maius, do menor para o maior.

Se um juiz iníquo, caso menor, promove a justiça em favor de uma mulher insistente, tanto mais Deus, caso maior, em sua grandeza, nos ajudará de pronto, não porque o importunemos, mas porque ele é o nosso Pai, de infinito amor e misericórdia.

***

Atentemos à observação de Jesus: Deus atende às nossas orações, mas fazendo justiça, isto é, dando-nos de conformidade com nossos méritos e necessidades.

Deus age como um pai que não dá tudo o que o filho pede.

Apenas o que será realmente proveitoso.

Enxergamos pequena parte da realidade, aquela que nos permitem nossos acanhados sentidos.

Se a nossa visão espiritual se dilatasse e pudéssemos conhecer o passado, verificaríamos que nossos males têm a sua razão de ser. Estão associados aos nossos desatinos do pretérito. Surgem, não como castigo, mas como medida educativa.

As limitações que enfrentamos, sob o ponto de vista físico, psicológico, mental, social, profissional, sentimental, são instrumentos divinos para conter e eliminar nossas tendências inferiores...

Podemos conjugar, nessa relação de causa e efeito, alguns exemplos:
O maledicente - dificuldade de expressão...
O fumante - lesões pulmonares...
O alcoólatra - fígado frágil...
O toxicômano - debilidade mental...
O violento - corpo frágil...
O maníaco sexual - impotência...
Deus abrandará nossas dores mas não as eliminará, porquanto são indispensáveis à nossa renovação.

Resumindo:

Pedimos o que queremos.
Deus nos dá o que precisamos.

A propósito, vale lembrar a oração de um atleta americano que ficou paralítico aos vinte e quatro anos, em plena vitalidade, belo e forte, cheio de planos para o futuro.
Pedi a Deus força para executar projetos grandiosos,
Ele me fez fraco para conservar-me humilde.

Pedi a Deus saúde para grandes feitos.
Ele me deu a doença para compreendê-Lo melhor.

Pedi a Deus riqueza para tudo possuir,
Ele me deixou pobre para não ser egoísta.

Pedi a Deus poder para que os homens precisassem de mim.
Ele me fez humilde para que d'Ele precisasse.

Pedi a Deus tudo o que me permitisse desfrutar a vida,
Ele me ensinou a desfrutar a vida com tudo o que tenho.

Senhor, não recebi nada do que pedi,
Mas deste-me tudo de que eu precisava.
E, quase contra a minha vontade,
As preces que não fiz foram ouvidas.

Louvado sejas, ó meu Deus!
Entre todos os homens, ninguém tem mais do que eu!
Richard Simonetti do livro: 
Histórias que trazem felicidade

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sexta-feira, 3 de maio de 2024

Vinte assuntos com Willian James

Vinte assuntos com Willian James

André Luiz / Willian James

Entrevista de André Luiz com Willian James




Considerando os climas culturais específicos da ação espírita nos Estados Unidos e no Brasil, apresentamos, a seguir, as vinte questões que constam de nossa conversação com o Dr. William James, o eminente medico, psicólogo e filosofo norte-americano, desencarnado em 1910, que nos visita o grupo de oração e serviço espiritual nesta noite:

P. Caro amigo, achando-nos em Nova Iorque, ao lado de irmãos do Brasil, estimaríamos saber se a pesquisa da verdade, na Terra, continua contando, ate' agora, com a sua colaboração?

R. Sim. Geralmente prosseguimos, após a desencarnação, na linha de atividade a que nos empenhamos na experiência física. E se essa atividade revela características edificantes, capazes de dissolver as sombras que acumulamos, no próprio ser, a vista dos erros e débitos em existências passadas, devemos disputar a oportunidade de ampliá-las com todos os recursos a nosso alcance.

P. Mantém com o mesmo entusiasmo, de outros tempos, os seus estudos de Espiritismo?

R. Indiscutivelmente. Os princípios da Nova Revelação constituem campo de possibilidades infinitas.

P. Que nos diz hoje do concurso da Ciência nas realizações espíritas?

R. Compreendo agora, quanto antes, a necessidade do testemunho cientifico para que se lavre na Terra a certidão da sobrevivência da alma; entretanto, admito que nos outros, os investigadores do assunto, com naturais exceções, perdemos, algumas vezes, muito tempo, repetindo experimentos, talvez em demasia, no intuito de fugir as consequências morais que o assunto envolve.

P. Acredita que seria justo limitar a cooperação cientifica nos círculos doutrinários do Espiritismo?

R. Não desejamos dizer que a pesquisa cientifica seja desnecessária. Propomo-nos a afirmar que o pesquisador não esta exonerado do dever de ouvir a própria consciência.

Um sábio não é um aparelho gravador de terminologia técnica e sim um espírito com avançados cabedais de conhecimento, chamado pela Orientação Superior ao aperfeiçoamento da vida.

P. Que opinião formula acerca da Parapsicologia?

R. A Parapsicologia, a rigor, remonta as mais antigas eras da Humanidade. A própria Bíblia esta repleta de exemplos. No versículo doze do capitulo seis do II Livro de Reis, vemos o profeta ou médium Eliseu assimilando transmissões telepáticas do rei da Síria, com a precisão dos melhores "sujets" empregados nas experiências de Rhine e outros.

P. Que julga do apoio espírita aos trabalhos parapsicológicos?

R. Entendemos que os espíritas , quando possível, devem cooperar no desenvolvimento da Parapsicologia, a fim de que as pesquisas não venham a cair sob a exclusiva observação de inteligências apaixonadas, procedam elas da Ciência ou da Religião. Esse concurso, porem, a nosso ver, apenas se verificara quando não acarrete prejuízo para os compromissos abraçados pelo obreiro espírita em sua ficha de ação.

P. Como define a posição do conhecimento espírita no planeta Terra?

R. Na Terra, o equilíbrio da personalidade moral exige o conhecimento espírita limpo e simples, tanto quanto a euforia orgânica da personalidade física reclama suprimento de alimentação saudável e higiênica.

P. Pode clarear, de maneira mais completa, a sua definição do conhecimento espírita?

R. O conhecimento espírita é orientação para a vida essencial e profunda do ser. Claro que a evolução é lei para todas as criaturas, mas o Espiritismo intervém no plano da consciência, ditando normas de comportamento, suscetíveis de traçar caminhos retos a ascensão da alma, sem necessidade de aventuras nos labirintos da ilusão que correspondem a curvas aflitivas de sofrimento.

P. Admite que o Espiritismo é fator decisivo na condução da vontade?

R. De modo perfeito. Sem que o espírito responda aos chamamentos dos princípios evolutivos, atendendo, de livre vontade, as obrigações que a vida lhe atribui, a reencarnação para ele e' um circulo de repetições, com proveito muitíssimo reduzido no transcurso dos milênios.

P. Que nos diz da mediunidade?

R. A mediunidade ainda não encontrou na Terra o apreço que, um dia, desfrutara juntamente dos homens, como recurso de acesso da individualidade encarnada as Esferas Superiores.

P. Acredita que um médium precise receber instruções adequadas?

R. Protegemos a mostarda para que se lhe garanta a produção normal. Como edificar a mediunidade e conservá-la dignamente sem recursos de educação?

P. Os espíritos mais elevados vencem com facilidade as deficiências mediúnicas?

R. Os benfeitores e instrutores desencarnados poderiam realizar obras construtivas da mais alta expressão no mundo; contudo, para isso, necessitam dispor de elemento interpretativo. Onde o conjunto orquestral habilitado a fazer musica sem a cooperação de instrumentos?

P. O espírito, mesmo aquele de hierarquia sublime, depende do médium para expressar-se no campo físico?

R. Ate que a ciência estabeleça livre e generalizado intercambio entre as inteligências encarnadas e desencarnadas, o Espírito domiciliado no Aliem, para comunicar-se com os homens, depende do médium, como a alma, para corporificar-se na esfera física, depende do refugio materno.

P. Seria razoável aproveitar, de imediato, os médiuns de faculdades mais amadurecidas, formando núcleos destacados com o propósito de efetuar mais vivas demonstrações da sobrevivência?

R. Não nos é licito esquecer que os recursos medianímicos são conferidos a todas as criaturas, que os recolhem no nível individual em que se colocam. Burile-se o médium e atrairá Espíritos burilados. Levantar primazias nessa matéria seria formar partidos e fomentar a guerra pela posse de domínios psíquicos.

P. Sabemos que o médium tem o dever de aperfeicoar-se, mas, além disso, a seu ver, qual a necessidade fundamental do médium no desenvolvimento das faculdades que lhe dizem respeito?

R. Para qualquer médium, o desenvolvimento das energias psíquicas não oferece embaraços maiores; entretanto, porque esse desenvolvimento abre novos horizontes ao circulo da convivência, o maior problema de um médium na Terra, ao que nos parece, é o de se conservar fiel as boas companhias do Mundo Espiritual.

P. Aprecia em graus diferentes a mediunidade de efeitos físicos e a de efeitos intelectuais?

R. Toda mediunidade é importante, mas entendemos que os fenômenos físicos, sem o necessário discernimento, não atendem aos requisitos.

da melhoria do mundo interior. Consideramos, por isso, que a mediunidade de efeitos intelectuais, propiciando acesso a ensinamentos de ordem superior, deve ser largamente cultivada a fim de que a mediunidade de efeitos físicos não distraia a criatura das obrigações morais a que se vincula no tempo de sua corporificarão no plano físico.

P. No seu modo de ver, qual é o serviço principal da mediunidade nas tarefas espíritas?

R. Em nos referindo a atualidade terrestre, cremos que os valores mediúnicos precisam colaborar no esclarecimento dos homens, especialmente no socorro as vitimas da obsessão, hoje contadas aos milhares, em todos os quadrantes do planeta.

P. A linguagem articulada é fator de base nas comunicações entre desencarnados de um pais, através de médiuns situados em pais diferente ?

R. Sabemos que o pensamento é idioma universal; no entanto, isso é realidade imediata nos domínios da indução ou da telepatia laboriosamente exercitada. Será possível tranquilizar um doente com a simples presença da ideia de paz e otimismo, cura e esperança, mas não conseguimos prodigalizar-lhe avisos imediatos de tratamento sem comunicar-nos com ele através da linguagem que lhe é própria. Por outro lado, ocorrências de xenoglossia podem ser obtidas como se organizam espetáculos de encomenda. E' necessário compreender, porem, que, no atual estagio da Humanidade, a barreira das línguas e' limitação inevitável, de vez que por enquanto os desencarnados, em maioria esmagadora, comumente prosseguem arraigados ao ambiente domestico em que viveram. Desse modo, os amigos espirituais ligados aos Estados Unidos, que aspirem a ser ouvidos, sem delonga, no Brasil, devem, de modo geral, estudar Português, e vice-versa. Isso e' claro no sistema regular de comunhão linguística, porquanto o progresso ignora o milagre.

P. Quando acredita venhamos a ter a felicidade do Espiritismo mais amplamente divulgado na Terra ?

R. Questão de tempo e boa vontade dos homens. Qualquer criatura pode retardar o próprio acesso ao portão da verdade, mas ninguém escapara dele.

P. Mereceremos de sua experiência algum aviso particular para nos outros, os companheiros desencarnados e encarnados da obra espírita do Brasil ?

R. Temos aprendido que não surgem construções estáveis ao impulso do improviso. A seara espírita pede plantação de princípios espíritas. E não existe plantação eficiente sem cultivadores dedicados. Ampliemos a área de nosso concurso individual e elevemos o nível de compreensão das nossas responsabilidades para com a obra do Espiritismo. Se fazemos o que pensamos, só dispomos em verdade, daquilo que fazemos. As leis do Universo são justas. Cada companheiro, cada agrupamento e todos os pais terão do Espiritismo o que dele fizerem. Cremos que seja possível sintetizar diretrizes para nos todos no seguinte programa: sentir em bases de equilíbrio, pensar com elevação, falar construtivamente, estudar sempre e servir mais.

(Nova Iorque, N.I., E.U. A, 27 de julho de 1965.)

 Willian James / André Luiz do livro:
Entre irmãos de outras terras
de Chico Xavier e Waldo Vieira

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